Sao Cirilo de Jerusalem
Pouco se sabe sobre sua vida antes do episcopado, a não ser seu nascimento em 315. São Cirilo foi ordenado diácono pelo bispo São Macário de Jerusalém em 335, e padre oito anos mais tarde pelo bispo São Máximo. No fim de 350, ele sucedeu São Máximo na Sé de Jerusalém
Naturalmente propenso à paz e conciliação, São Cirilo tomou de início uma posição moderada, adversa ao Arianismo, mas de modo algum aceitando o termo homoousios (em grego: ὁμοούσιος - "mesma substância"), ao contrário de alguns dos seus contemporâneos mais ortodoxos. Separando-se de seu bispo metropolitano, Acácio de Cesaréia, um ariano, São Cirilo ficou do lado de Eusébio de Cesareia, a "direita" dos conciliadores pós-niceanos. Isso só fez piorar a situação de Cirilo frente à Acácio. Um concílio sob influência deste depôs São Cirilo em 358 e o forçou a se refugiar em Tarso.
Naquela época, ele foi oficialmente acusado de vender propriedades da igreja para ajudar os pobres, apesar de a real motivação parecer ser a de que São Cirilo ensinava o credo de Nicéia e não a doutrina ariana em seu catecismo. Por outro lado, o Concílio de Selêucia, no ano seguinte, com São Cirilo estava presente, depôs Acácio. Em 360, no Concílio de Constantinopla, o processo foi revertido com a influência Tribunal Metropolitano, e São Cirilo foi exilado por um ano de Jerusalém, até que o imperador Juliano permitiu-lhe regressar.
O imperador ariano Valente expulsou-o mais uma vez, em 367. São Cirilo pôde voltar, mais uma vez, no império de Graciano, até sua morte em 386 dC. A jurisdição de São Cirilo em Jerusalém foi expressamente confirmada pelo Primeiro Concílio de Constantinopla (381 dC), em que ele estava presente. Naquele Concílio, ele votou pela aceitação do termo homoousios, tendo sido finalmente convencido de que não havia alternativa melhor
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